Assembleia Eclesial tem início no México
Evento, considerado inédito para a Igreja, deve retomar temas da Conferência de Aparecida e promover participação do laicato no âmbito da América Latina e Caribe.
Há 4 anos - por Cléo Nascimento

Teve início no México, neste domingo (21), a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe. A abertura do encontro aconteceu com a celebração de uma missa, na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, presidida pelo presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Dom Miguel Cabrejos.
Em sua homilia, o arcebispo rendeu graças pela "nova experiência de viver, sentir e participar na Igreja". Disse ainda Dom Cabrejo: "Esta Assembleia Eclesial, a exemplo da Conferência de Medellìn, é um evento histórico. Porque Medellín foi a 'recepção criativa' do Concílio Vaticano II, em um contexto marcado pela pobreza e exclusão; e, esta Assembleia, tendo como objetivo 'reavivar Aparecida', que reafirmou a renovação conciliar, busca contribuir para uma 'segunda recepção' do Vaticano II, no contexto atual".
Entre as propostas da Assembleia, está a retomada dos assuntos discutidos na V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, realizada em Aparecida (SP), em 2007, já com vistas nos desafios atuais e com perspectivas para 2031-2033.
Processo de Escuta
É a primeira vez que um evento desta dimensão é coparticipado pelo laicato. Dom Miguel Cabrejo, em seu sermão, confirmou uma informação que circulava entre grupos de teólogos e especialistas em Igreja, de que essa teria sido uma das exigências do Papa Francisco para a realização do encontro.
"Esta Assembleia é histórica também, pelo fato de que, ao invés de realizar uma Sexta Conferencia Geral dos Bispos, o Papa Francisco propôs esta Assembleia Eclesial, com representantes de todo o Povo de Deus".
Nesse sentido, a reunião já abre com um amplo relatório que considera, pelo menos, 70 mil depoimentos, resultantes de um longo processo de escuta que envolveu leigos, leigas, religiosos, religiosas, seminaristas, padres, bispos e cardeais. Ou seja, contemplando todos os agentes da esfera eclesial.
Ainda, segundo Dom Cabrejo, a Primeira Assembleia inaugura um novo organismo sinodal em âmbito continental e que "coloca a colegialidade episcopal dentro da sinodalidade eclesial", movimento que pressupõe o vínculo do bispo com o povo da sua igreja local. "Queremos, na difícil unidade da diversidade, responder e acompanhar todo o Povo de Deus em um momento profundamente complexo e difícil, em um tempo de pandemia, onde os mais vulneráveis, os preferidos de Cristo, seguem sendo os mais afetados", pontuou o presidente do CELAM.
A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe acontece até o dia 28 de novembro, em formato presencial e online, com aproximadamente 1.000 participantes inscritos.
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